Espírito Santo lidera pelo segundo mês consecutivo o saldo de empregos no Sudeste
Foram 3.647 novos postos de trabalho no mês de julho no estado capixaba. Setores de serviços e comércio lideram as contratações
O Espírito Santo liderou os estados do Sudeste brasileiro no saldo de empregos de micro e pequenas empresas (MPE) pelo segundo mês consecutivo, de acordo com o último levantamento feito pelo Sebrae, a partir de dados do Sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que considera o saldo de empregos (contratação já descontadas as demissões).
O levantamento mostra que, no estado capixaba, o número foi de 3.647 novos postos de trabalho no mês de julho. A cada mil empregados, esse saldo equivale a 9,08. No Brasil, o índice foi de 5,95 e na região Sudeste ficou em 6,19.
Entre os estados do Sudeste, Minas Gerais teve saldo proporcional de 6,17; São Paulo chegou a 6,16 e, por último, Rio de Janeiro registrou saldo de 5,59. Mesmo que outros estados tenham tido números absolutos maiores, o Espírito Santo obteve mais empregos gerados proporcionalmente na região, considerando os pequenos negócios.
No acumulado de janeiro a julho, o Espírito Santo também lidera o saldo de empregos de micro e pequenas empresas no Sudeste. Foram 18.852 novos postos de trabalho. A cada mil empregados, esse saldo equivale a 46,94. O número do Estado é superior à média nacional (43,11) e da região Sudeste (40,03).
“As micro e pequenas empresas contribuem significativamente para a economia capixaba através de mais investimentos e criação de novos postos de trabalho. O destaque do Espírito Santo diante do cenário nacional reforça o nosso potencial para o empreendedorismo, com incentivo do Sebrae e de instituições públicas”, afirma Pedro Rigo, superintendente do Sebrae/ES.
Quem contrata?
O setor de serviços abriu mais vagas, com 1.366 empregos gerados nas micro e pequenas empresas. O comércio ficou logo atrás e criou 1.235 postos de trabalho, e a construção civil foi a terceira que mais contratou, com saldo de 1.057.
Segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), as principais atividades que geraram mais empregos nas MPE em julho foram: “comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios − hipermercados e supermercados” (497), “Construção de edifícios” (305) e “atividades de atendimento hospitalar” (267).
Impacto das MPE no Brasil
A participação dos pequenos negócios na geração de empregos no Brasil alcançou, em julho, o segundo melhor resultado do ano. Das 142,7 mil vagas criadas no mês, 113,8 mil foram abertas pelas micro e pequenas empresas (MPE) – o que representa quase 80% do total.
Em média, as MPE geraram 3.670 vagas de emprego por dia em julho. O índice só é inferior, em 2023, ao registrado em janeiro, quando as MPE foram responsáveis por 81% do montante de contratações.
No acumulado de 2023, o Brasil já conta com 1,2 milhão de empregos gerados, sendo 71% (825,4 mil) nas micro e pequenas empresas. Já as médias e grandes acumularam 191,7 mil novos empregos, representando 16,4% das contratações.