OPINIÃO: eu lamento muito, Iriri. Sensacionalista, eu???

Este texto é de opinião, é o meu olhar sobre o fato. O espaço está aberto a outras opiniões.

Eu tenho certeza que a Associação de Moradores e Empreendedores “Iriri Vivo” está triste com o episódio real, narrado pelo Jornal “Espírito Santo Notícias”, neste domingo. Eu tenho plena certeza que os empresários estão muito chateados com a repercussão da notícia sobre os tiros que foram disparados na madrugada de domingo, mas eu não recebi nenhuma mensagem de nenhum empresário parabenizando a cobertura do jornal, todos os dias, dos eventos de Iriri. Dois pesos e duas medidas?

Eu lá estava no Botecando, do primeiro ao último dia. Aliás, estive na apresentação dos pratos. Lá fui eu com meu celularzinho, de stand em stand, mostrando os detalhes em storys e lives, quarta, quinta, sexta e domingo.

Antes do Festival, eu estava lá, ouvindo os comerciantes, na praia, mostrando Iriri. Na montagem do pavilhão, lá estava eu… Começou o Festival, eu sozinha de imprensa fazendo live, stories e mostrando os detalhes. No domingo fui novamente e fiz a live final, gravei a fala da Associação, da diretora de eventos, dos empresários, dos turistas. Tudo foi lindo, perfeito. E parabenizamos a organização.

Contudo, todavia, entretanto… Senhores empresários que hoje me chamam de sensacionalista, houve um problema grave que não foi da Associação, a mesma que brilhantemente vem realizando o “Festival Capixaba de Frutos do Mar”, há 25 anos, com maestria, sem um acidente sanitário. Houve um grave problema. A PM não tem culpa, está claro que os eventos nos Espírito Santo encerram a 1h00. O horário em que encerrou o pavilhão, encerraram as atividades. A Guarda Municipal estava lá o tempo todo e deu o seu melhor, todos os dias.

A confusão que virou notícia ocorreu às 3h00. Às 4h00 havia uma multidão ainda perambulando pelas ruas de Iriri. Milhares de jovens na orla da praia, na Avenida Dom Helvécio, na Praça do Artesão, bebendo e curtindo som alto.

No meio destes jovens, havia arma e, na MADRUGADA, dispararam. Houve briga, fomos informados que um namorado bateu na namorada. Que sorte que Deus protegeu e não permitiu que uma tragédia ocorresse.

Perdoem-me, senhores empresários e comerciantes, ignorar o perigo é tolice dos senhores.  Se tivesse ocorrido o que houve em 2014, com três mortos, as famílias, CERTAMENTE, deixariam de frequentar Iriri, até que um plano de segurança fosse planejado, para dar segurança às famílias, ou não? Tem de haver um movimento, urgente, entre a sociedade e o poder público, para mudar o esquema de segurança, como fizeram no carnaval de 2015; em Iriri.

É preciso ter esta consciência e compreensão de que o feriadão de 12 de outubro se tornou um segundo carnaval, em Iriri, e as preocupações com a segurança tem que ser similares. Há pouco tempo eram só famílias, e os jovens não tinham espaço e não tinham o que fazer. Os jovens iam para Guarapari curtir nas boates e os pais ficavam muito mais preocupados.  Agora, se os jovens estão lotando Iriri, que tenha segurança para eles, para que os pais possam curtir mais tranquilos.

O que esta jornalista não quer é que as famílias deixem de frequentar Iriri por medo da insegurança. O que eu quero, senhores, é mostrar o lado bonito de Iriri, e o lado bonito não cabe arma, não cabe violência, não pode caber dor.      

Estou errada em mostrar os fatos e cobrar das autoridades que planejem segurança para os frequentadores de Iriri?

Senhores empresários, eu sei que os hotéis, pousadas, quiosques, restaurantes, sorveterias… não querem que manche a imagem da “Búzios Capixaba”. Eu sei, senhores, que precisamos falar bem de Iriri e mostrar as belas praias, os belos e deliciosos pratos, as paellas e o povo bonito que gasta no balneário. Contudo, senhoras e senhores, eu não posso fazer de conta que está tudo perfeito, quando não está. E graças à imprensa que cobra das autoridades o dever delas.

O “Festival de Frutos do Mar” está no calendário nacional de eventos e, a partir de agora, a responsabilidade dobra, agora temos de pedir mais segurança, mais água, mais infraestrutura, mais energia, mais e mais atenção e paz!