Gastos públicos: Governador visita cozinha integrada em funcionamento no Complexo de Xuri
O governador do Estado, Renato Casagrande, visitou, na manhã de quarta-feira (17), a cozinha centralizada instalada no Complexo de Xuri, em Vila Velha. Localizada na Penitenciária de Semiaberta de Vila Velha (PSVV), o equipamento passou a funcionar no início deste mês e atenderá mais três unidades do complexo. A proposta é reduzir os gastos públicos e aumentar a qualidade das refeições ofertadas à população prisional.
A Secretaria da Justiça (Sejus) tem buscado melhorias na contratação dos serviços de alimentação prisional com a implantação de cozinhas integradas e centralizadas nas unidades prisionais. Além da PSVV, estão contempladas: Penitenciária Estadual de Vila Velha III (PEVV III), Penitenciária Estadual de Vila Velha V (PEVV V) e Centro de Detenção Provisória de Vila Velha (CDPVV).
Atualmente, 28 internos já atuam de forma remunerada no local. Com a cozinha instalada na unidade, espera-se expandir frentes de trabalho com a participação de cerca de 60 presos trabalhadores.
“Estamos visitando este espaço para conhecer de perto como são produzidas essas refeições. Diariamente, são servidos o café da manhã, almoço e jantar. A partir do momento que produzimos a alimentação aqui dentro do sistema, você tem uma melhora na qualidade na prestação do serviço, consegue aproveitar melhor a mão de obra dos detentos e aumenta a segurança, pois não há necessidade de transporte de fora para dentro da unidade. Vamos expandir esse modelo para todas as unidades até meados do ano que vem”, afirmou o governador.
Para operacionalizar a cozinha do Complexo de Xuri, foi formalizado contrato com a empresa Alimentares Refeições Ltda, responsável pelo preparo de cerca de 18.700 refeições diárias, compreendendo desjejum, almoço, lanche da tarde e jantar. Com a contratação, espera-se reduzir cerca R$ 2,4 milhões ao ano os gastos com alimentação de presos no Complexo de Xuri, em comparação com a modalidade de refeição transportada. As demais unidades do local já possuem cozinha integrada.
“O modelo de cozinha centralizada no Complexo de Xuri atende a quatro unidades prisionais e proporciona muitos benefícios e vantagens quanto à qualidade, segurança alimentar e à redução dos gastos públicos. Além disso, ampliamos nosso programa de ressocialização com a abertura de novas vagas de trabalho para os custodiados”, ressalta o secretário de Estado da Justiça, André Garcia.
O planejamento da Sejus é que o novo modelo de cozinhas internas em estrutura modular também seja implantado no Centro de Detenção Provisória de Aracruz (CDPA); Penitenciária Semiaberta de Cariacica (PSC); Penitenciária Regional de Barra de São Francisco (PRBSF) e Unidade de Custódia de Tratamento Penal (UCTP). No Complexo de Viana serão contemplados o Centro de Triagem de Viana (CTV); a Penitenciária de Segurança Média 1 (PSME1); a Penitenciária de Segurança Média 2 (PSME2); a Penitenciária de Segurança Máxima 2 (PSMA2) e a Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (Paes).
A previsão é que até maio de 2024 todas as unidades prisionais contem com cozinhas integradas em funcionamento.
Cozinha Milton Cezar Valente da Costa
A cozinha instalada na Penitenciária Semiaberta de Vila Velha (PSVV) recebeu o nome Milton Cezar Valente da Costa em homenagem ao servidor da Sejus que atuou como Gerente de Controle, Monitoramento e Avaliação da Gestão Penitenciária (GEFAP), gerência responsável pela alimentação e lavanderia das unidades prisionais do Estado.
Cezar Valente, como era conhecido, foi o idealizador das cozinhas centralizadas no sistema prisional, onde, além da produção da alimentação para o presídio, seria um espaço formador de mão de obra carcerária, capaz de ressocializar, transformar a vida das pessoas e melhor prepará-las para a reinserção social.
Valente faleceu em um acidente automobilístico em abril de 2020.
Obras da PEVV 6
Durante a agenda, o governador Renato Casagrande visitou as obras de construção da Penitenciária Estadual de Vila Velha VI, no Complexo Prisional de Xuri. Já em fase de conclusão, a nova unidade terá capacidade para 800 vagas do regime fechado. Com investimento de R$ 57 milhões do Governo do Estado, a previsão de conclusão das obras é o primeiro semestre deste ano.
A penitenciária vai contar com 2/3 do espaço voltado aos projetos de ressocialização, com módulos específicos para oficinas de trabalho. O local é composto com instalações de triagem e isolamento, automação de todas as portas de segurança dos setores interno e intermediário, acessibilidade, captação de água da chuva e reuso.