Governo do Estado reúne ações do Patrimônio Imaterial em solenidade na Igreja de Reis Magos em Nova Almeida
O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura (Secult) realiza, no domingo (03), Solenidade do Patrimônio Imaterial do Estado. O evento acontece na Igreja de Reis Magos, em Nova Almeida, no município de Serra, às 10 horas e reunirá ações importantes que celebram o Patrimônio Vivo Capixaba: lançamento da publicação do Dossiê do Congo, registro da Festa Raiar da Liberdade como Patrimônio Cultural do Espírito Santo e o lançamento do Projeto Patrimônio Vivo Capixaba. Na ocasião, também será celebrado o Dia Nacional da Cultura, comemorado originalmente no dia 5 de novembro.
Dossiê do Congo
Registrado desde 2014 como Bem Cultural do Espírito Santo pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC), com estudos realizados pela Secult, por meio da Gerência de Memória e Patrimônio (GMP), o Congo ganha seu dossiê, resultado de um estudo que utilizou métodos de pesquisa complementares entre si, com o objetivo de enriquecer a coleta de dados e ampliar o aprendizado sobre o Congo Capixaba.
Em suas páginas estão sintetizadas informações coletadas a partir de entrevistas, pesquisa de campo, levantamento histórico, fotografia e gravações de áudio, com objetivo de produzir conhecimento e documentar a história deste patrimônio imaterial, mostrando a potência da identidade cultural que é o Congo. A publicação do dossiê dará aos Mestres, Mestras, Rainhas, Guardiões dos costumes e tradições e produtores da cultura congueira, a voz e o registro de seus conhecimentos na história escrita para gerações futuras. A publicação possibilitará, não só o acesso aos conhecimentos do bem cultural, mas sobretudo, oportunizar uma socialização que valorizará a cultura e agregará valores à identidade cultural capixaba.
Para celebrar essa entrega, foram convidados Mestres e bandas de congo do Estado, que receberão este dossiê produzido pela Secretaria da Cultura.
Festa Raiar da Liberdade
Durante o evento também será anunciado oficialmente o registro da Festa Raiar da Liberdade como Patrimônio Imaterial Capixaba. A solicitação do registro, feita ao CEC pelos integrantes do Grupo de Caxambu Santa Cruz, moradores do Quilombo Monte Alegre, reforça a importância que o evento tem como vetor de preservação da identidade do povo negro, não somente do quilombo, mas também de todos os capixabas. Registrada como Patrimônio Imaterial, a celebração ficará inscrita no Registro de Bens de Natureza Imaterial. A partir desse reconhecimento, terá suas características resguardadas e um plano de salvaguarda a ser implementado pelo Estado, para difundir, valorizar e fomentar o bem registrado.
“Ao reconhecer a festa como importante referência cultural para o Espírito Santo, o Conselho Estadual de Cultura contribui para sua manutenção e também amplia seu alcance enquanto elemento identitário do povo negro capixaba”, afirmou o secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha.
A Festa Raiar da Liberdade teve sua primeira edição no dia 13 de maio de 1888, quando, no final da tarde daquele dia, a notícia da abolição chegou à Estação Ferroviária de Pacotuba pelos passageiros de trem vindos de Cachoeiro de Itapemirim. Organizada há 136 anos, a festa marca, desde o início, a conquista da liberdade por parte dos escravizados.
Na oportunidade, governador Renato Casagrande, também lançará o Projeto Patrimônio Vivo Capixaba, programa realizado pela Secretaria da Cultura em parceria com o Instituto Raízes, por meio de edital de chamamento para Organização da Sociedade Civil (OSC). A ação vai inventariar e documentar 20 festividades da cultura popular tradicional, visando à promoção, registro e intercâmbio das manifestações culturais capixabas.