ICONHA – A cidade que nasceu da dedicação inglesa.

Iconha completa 93 anos no dia 03 de julho. Sua história se mistura à de Piúma.

 

Iconha completa 93 anos no dia 03 de julho. A cidade que nasceu da dedicação de um inglês guarda uma polêmica em torno da data de sua criação.  A criação do município, com a denominação de Piúma, data de dois de janeiro de 1891. A instalação ocorreu a 19 de janeiro de 1891, com território desmembrado do município de Benevente, hoje, Anchieta. Pela Lei estadual nº 81, de 18 de novembro de 1904, Iconha torna-se sede da administração do município de Piúma, que havia sido criado pelo Decreto nº 53, de 11 de novembro de 1890. Em 03 de julho de 1924 passa o município de Piúma a denominar-se Iconha, pela Lei nº 1.428.

Viajantes do início do século XIX, falaram em Itapemirim e Benevente, citaram o Monte Aghá, mas não se reportaram a Piúma e muito menos a Iconha. Em meados da metade do século, um inglês, Cavaleiro da fortuna, empresário que atuava em Campos, no Rio de Janeiro, juntamente com o Barão da Lagoa Dourada, Thomaz Dutton Júnior, conseguiu uma sesmaria na região; fez um trapiche em Piúma e ganhou um bom dinheiro exportando toras para a Europa.

As madeiras desciam em balsas, manejadas por índios puris, mas, no afã de colonizar a área, Dutton trouxe, de sua terra, famílias de colonos, entre os quais se registram Jayme Waak, Francis Pacca, Thomaz Oenes, John Ombre e Jorge Percival Burke, entre outros.

Em 1886, o bispo do Rio de Janeiro, dom Pedro Maria de Lacerda, em visita pastoral a então Província, encontrou-se com Dutton, que descreve como “velho inglês, de aspecto sisudo e simpático, muito cortês”. Disse ser conhecido do ótimo católico Diogo Andrews… Esclarece, todavia, o prelado que tanto Dutton como seus colonos eram protestantes. O velho Dutton morreu no começo do século passado e há registro de seu óbito no Cartório de Piúma.

 

Posteriormente, os portugueses José Gonçalves da Costa Beiriz e Antonio José Duarte formaram uma firma que entrou em conflito judicial contra o inglês, tendo os lusitanos vencido a pendência e introduzido famílias italianas na área, que passou a chamar-se Iconha, talvez em virtude das serras gêmeas que contornam o rio e a vila. Vieram também libaneses, como comerciantes, cujo estudo foi feito em belo discurso por Douglas Puppim, quando tomou posse na Academia Espírito-santense de Letras, em setembro do ano passado.

A colonização

A colonização do atual território de Iconha iniciou-se do litoral para o interior, estabelecendo-se ao longo dos rios e, à proporção que as terras eram cultivadas, a região atingida níveis excelentes de desenvolvimento, beneficiando Piúma, o principal núcleo de todas as áreas existentes.

Foi esta penetração interiorana que deu origem ao povoado de Iconha, provavelmente em meados do século XIX, sendo considerados sua fundadora o coronel Antônio José Duarte e José Gonçalves da Costa Beiriz.

 

 

O nome

 

São diversas as teorias da origem do nome Iconha: primeiro, devido à turfa existente no vale do Orobó, Piúma, que se inflama facilmente que em indígena quer dizer “ICOON“, que significa “água a arder”. O nome também teria sido originado da palavra “INCONHO“, ou seja, “morro ligado a outro existente na margem do rio”. Ainda há uma teoria de que Padre José de Anchieta ao visitar a pedra do Frade e a Freira, denominou toda a região de “ICONO“, que em espanhol significa “montanhas com aspectos humanos”. Por fim, a teoria de que “I-CONY`YA” significa “morada entre duas montanhas”.

 

 

Foto: Iconha/ Divulgação

Legenda: O município de Iconha completa 93 anos de criação, com muita festa e homenagens.

 

 

 

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