Investimentos além da poupança trazem mais rendimentos

Por muito anos o Brasil foi conhecido como o país dos juros altos, ou no jargão popular, o “país do rentismo”. Em um cenário de juros altos e inflação baixa, manter os investimentos em aplicações conservadoras que rendem 100% do CDI garantia ao investidor retorno real acima da inflação medida pelo IPC-A com certa tranquilidade. O investidor acabava ficando no banco por comodidade.

Segundo o membro do Comitê Qualificado de Conteúdo sobre Finanças e Investimentos do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-ES)

Douglas Niero diante das mudanças no mercado e com a modernização das plataformas de investimentos ao longo dos anos, manter aplicações em taxas como 100% do CDI acabou se tornando uma estratégia obsoleta e restrita a investidores mais conservadores ou para aplicações de curto prazo. “Além disso, em cenário de juros mais modestos, o retorno do CDI pode deixar de ser interessante”, avalia.

Ao longo dos anos as plataformas de investimentos, como das corretoras, ficaram cada vez mais completas para entregar um leque de produtos mais sofisticados a seus clientes.

Estão disponíveis hoje ao investidor aplicações de crédito privado, como Debêntures Incentivadas em que é possível acessar um título de dívida de grandes empresas corrigido pela inflação com rendimento isento de imposto de renda.

O especialista do Ibef-ES explica que para quem busca dividendos mensais, os fundos imobiliários se apresentam como uma estratégia interessante de renda. “É possível comprar cotas de Fundo de Tijolo, em que parte do patrimônio está aplicado em ativos reais, como em galpões logísticos ou shoppings, e seu aluguel remunera o cotista mensalmente”.

Douglas também destaca os Fundos de Investimento Multimercados, em que o gestor trabalha para entregar retornos consistentes de longo prazo com risco controlado. “Nesta estratégia o gestor pode montar uma operação, por exemplo, para gerar retorno a seus investidores mesmo com os juros em queda. É possível também gerar retornos em cima de variações da bolsa de valores e da cotação do câmbio”, reforça.

Para os investidores que querem arriscar, existem alternativas como carteiras de ações e Fundos de Ações, inclusive internacionais. Nestes casos, um analista ou gestor monta uma estratégia com uma cesta de ações de empresas mais adequadas para o momento de mercado.

“A quantidade de produtos financeiros hoje é muito vasta no Brasil e alguns investidores podem inclusive ficar perdidos diante de um leque tão grande. Logo, o recomendável é que busque ajuda de um especialista para navegar com tranquilidade com seus investimentos”, informa Douglas Niero.

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