Jovem empresária recupera todo seu investimento após um mês de abertura do negócio próprio

Impelida pelo desejo de sair da zona de conforto, empreendedora abriu empresa para importar canecas térmicas com orientação de movimento filiado à Conaje

Empreender não é tarefa fácil, e exige ainda mais disposição para quem decide conciliar a jornada de abrir uma empresa própria com outro emprego em tempo integral. Caso de Rayane Grattz Miranda, que se sentiu desafiada a sair da zona de conforto. E a decisão foi certeira; com apenas 34 anos, e cerca de um mês depois de iniciar o empreendimento, a jovem empresária conseguiu recuperar todo o capital investido.

Há 14 anos atuando com comércio exterior em uma empresa no Espírito Santo, Rayane se sentiu instigada, em plena pandemia, a buscar novos desafios e se reafirmar profissionalmente usando a expertise conquistada na prática e também por meio da educação formal. Além de formada em Relações Internacionais, ela possui MBA em Gestão de Comércio Exterior e Negócios Internacionais.

Segundo a profissional, a ideia de começar seu negócio surgiu de algo que ela faz todos os dias para clientes que atende na companhia onde está alocada: planejar a viabilidade de importação de um produto. Foi então que nasceu a RTZ Import, especializada na importação de copos térmicos e na assessoria de viabilidade de processos de importação e exportação para produtos de diferentes segmentos.

Rayane conta o porquê escolheu empreender no segmento. “Após alguns meses analisando o cenário e estudando processos de tramitação, notei que o mercado de copos térmicos estava em alta, assim como seu preço, e que seria uma área potencial para começar a empresa”. A pandemia também se mostrou positiva para esse mercado. “Havia uma grande procura pelo produto, mas o mercado interno não conseguia suprir a demanda”, diz.

Embora o setor fosse familiar para a jovem empresária, muitos desafios se apresentaram até conseguir formalizar a empresa de importação como MEI (Microempreendedor Individual), modalidade menos burocrática e que garante menos gasto. Mesmo assim, os resultados iniciais já são satisfatórios. “Fiz todo o processo de habilitação para importação e exportação com a Receita Federal. A curva de aprendizado foi grande e desafiadora, mas surpreendente para mim. Após apenas quatro semanas da chegada dos copos, 60% do estoque já havia sido vendido e o meu investimento estava recuperado.”

A experiência de Rayane mostra que, apesar de o empreendedorismo apresentar um longo caminho, é possível que ele seja próspero quando oportunidades de mercado são aliadas à qualificação e ao entusiasmo. Outro ponto importante, segundo a empresária, é contar com o suporte de entidades representativas. No caso dela, o núcleo jovem do Centro das Indústrias do Espírito Santo, o CINDES Jovem, fez esse papel.  

O núcleo é filiado à Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje), que, por sua vez, conta com uma diretoria para desenvolver ações destinadas a jovens empresários que já estejam inseridos na cadeia produtiva e desejam se qualificar para desenvolver negócios no segmento do comércio exterior.

Bráulio Barreto, diretor de Indústria da Conaje, afirma que o maior desafio da área está em desmistificar a imagem do setor para os novos empresários. “Nosso primeiro projeto é o Circuito Líderes Industriais, no qual jovens empresários debaterão os dilemas do tema e como a qualificação é determinante para o sucesso de novos negócios. A expectativa é que ele seja colocado em prática ainda este ano.”

Para mais informações sobre a Confederação e seus projetos, acesse o portal conaje.com.br.   

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