LANÇAMENTO: Ícone do punk capixaba e do país, “Lordose pra Leão” está de volta com disco novo

O lançamento do álbum, com 10 faixas inéditas compostas por Sandro Letaif, parceiro de anos do grupo, vai ao ar no dia 2 de agosto; o single “Os Ratos São Humanos” já estará disponível em 12 de julho

Violão, ousadia, punk, rock and roll e universidade. A receita completa, bem característica dos anos 80 e 90, que germinava – e ainda germina – o surgimento de novas bandas, foi a razão de ser do Lordose pra Leão.

E o grupo, ovacionado no cenário punk do Espírito Santo e conhecido em boa parte do país, está de volta: lança no dia 2 de agosto seu sexto álbum, Lordose Canta Letaif: Novos Meios de Usurpar, com 10 canções. Antes, o single Os Ratos São Humanos será disponibilizado ao público no dia 12 de julho, nas plataformas de música e com clipe no YouTube. A produção musical é de Fábio Mozine (Mukeka di Rato e Os Pedrero).

Todo esse cenário descrito acima, histórico e duradouro, é exatamente o responsável pela nova empreitada do Lordose. As 10 faixas do disco são composições inéditas do músico, publicitário e compositor Sandro Letaif, que nos anos 90 era calouro no curso de comunicação dos integrantes da banda punk, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

A amizade e a parceria musical, portanto, vêm de lá, há mais de 30 anos, e agora Lordose e Letaif celebram esse encontro de forma completa. Um universo que contava também com letristas marcantes na construção sonora dessa geração, como Renato Liberato, poeta, por exemplo, de “Os Ratos São Humanos”; e Alex Pandini, letrista de “Aberrassom”, uma das canções do novo disco, e de diversos clássicos do Lordose.

“Tudo aconteceu no curso de comunicação da Ufes. A gente juntava para beber vinho e outras coisas, o violão passava na roda e dali foram surgindo as bandas. Nesses momentos, nós ficamos fãs das composições do Letaif. O Lordose chegou a gravar duas dele em nossa discografia, “Somos Nada Que Interessa” e “Profecia”. Mas faltava esse grande encontro”, conta Sérgio Nascimento, o Serjão, um dos vocalistas do Lordose.

Algumas compostas há bastante tempo e outras mais novas, as músicas e letras são absolutamente atuais. O single “Os Ratos São Humanos” representa aqueles que “sugam sangue pra viver”. A alta sociedade que desfila nos salões da desigualdade e é salva por seus capatazes. Ou o ser humano que tem a capacidade de ser doce e cruel ao mesmo tempo.

“Cada frase que eu lia do poema do Renato eu já cantarolava. A divisão das palavras me dá o destino da melodia e “Os Ratos São Humanos” é direta, simples e profunda. Fala sobre o ser humano e todas as suas contradições”, conta Letaif.

Já “Fabito”, composição mais nova do parceiro do Lordose, situa o momento político destes tempos e dá um recado aos representantes da população que usurpam os cidadãos em benefício próprio, com a vida regada a luxo e cinismo. “Lá vem Fabito, seu jeitinho brasileiro; bolso cheio de dinheiro vem querendo aprontar”, registra o compositor na letra.

Interessante também é a história de “Aberrassom”. Escrita por Alex Pandini em um guardanapo de bar, ela é composta por frases, digamos, irreais, com passagens como “moeda de duas cabeças” e “cabeças de uma só ideia”. “Fiquei apaixonado com a letra e a melodia veio de uma só vez”, lembra Letaif.

Sobre a sonoridade, não havia como ser diferente. O disco é de rock, tem guitarras distorcidas e todos os elementos do estilo – além dos metais, característica da banda desde a fundação.

Mesmo assim, como aponta o próprio Serjão, “talvez seja o disco mais palatável popularmente do Lordose”. “O Letaif sempre compôs músicas de fácil assimilação. É fácil cantar, assoviar, decorar. Só que elas receberam a veia punk do Lordose neste trabalho”, aponta Sérgio Nascimento.

Entre as diversas turnês e a discografia com cinco álbuns, momento marcante do Lordose na história foi uma parceria com Zé Ramalho. A banda capixaba lançou uma versão rock de “Frevo Mulher”. Animado com o resultado, Zé Ramalho retribuiu: gravou “Ananias E O Cavalo”, um dos grandes clássicos do Lordose.

O apoio do novo disco da banda é da prefeitura de Vitória, por meio da Lei Rubem Braga.

Serviço:

Lordose pra Leão está de volta e lança sexto disco

– Quando: Álbum completo no dia 2 de agosto; single “Os Ratos São Humanos” em 12 de julho

– Pré-save do single:

https://distro.ffm.to/ratos-humanos?fbclid=PAZXh0bgNhZW0CMTEAAaYmqks16Ple-PLBprhby6Su6tuOPh2bIINEx1eML9D_8sDR2at017mF20g_aem_ju0Fy7LiitPLyaJ2Yy_niA

– Lançamento nas plataformas de música e no YouTube

– Spotify Lordose:

Ficha Técnica

– Composições: Sandro Letaif

– Letristas do álbum: Renato Liberato (“Os Ratos São Humanos”, “Meu Quintal” e “As Flores Do Jardim Da Nossa Casa 2”); Alex Pandini (“Aberrassom”); Sérgio Nascimento e Luiz Guilherme (“Inconfidentes Banguelas”); e Letaif em todas as outras

– Vocais: Sérgio Nascimento, Adolfo Oleare e Márcio Vaccari

– Bateria: Márcio Vaccari

– Baixo: Márcio Xavier

– Guitarras: Felipe Izar

– Percussão em “Fabito”: Edu Szajnbrum

– Metais: Aguinaldo Roberto, Luciano Cruz e Breno Lepaus

– Arranjo dos metais: Célio Paula

– Produção musical: Fábio Mozine

– Produção executiva: Fabíola Mozine

– Mixagem: Alexandre Barcelos

– Masterização: Igor Comério

– Gravação no estúdio Funky Pirata, em Vitória-ES

Fotos: Paula Portela

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