O comércio na veia da família Santos Viana
Um modelo a ser seguido, a Família dos Santos Viana de Presidente Kennedy traz na veia o comércio. Eles começaram com pouca coisa e fazendo doces, hoje, eles são os maiores empresários da região
As lojas de Sonia, Zazaia, e Bela Marca e Girl Boy são da mãe e filhas
De Presidente Kennedy, a família do Seu Nilton dos Santos Viana (falecido), traz na veia a paixão pelo comércio, exceto uma filha, que se casou com um pastor e se tornou missionária. No mais, os outros se dedicam ao ofício e geram centenas de empregos na região.
Em Kennedy, a matriarca Rosária dos Santos Viana, dona Zazaia, 80 anos, comanda duas lojas de confecções. A filha, Sônia, administra outra loja de confecções. A filha, Valéria, mais duas lojas: a de calçados Bela Marca e a infanto-juvenil Girl Boy.
Em Marataízes, a famosa Padaria Nil Regis, é do filho Nilton. Édson, também administra outra padaria, a Big Pão. Ronaldo Viana, tratado por Ronaldinho e dona Lucineide, possuem três filhos e todos têm no DNA a fornalha trigo vicejando em seus corações. Márcio Viana, comanda a Pão Dourado, na Barra. Sara Dutra Viana, está a frente da Império do Pão, em Itaoca, e Ronaldo Junior tem uma padaria em Domingos Martins. Além do maior self-service de Marataízes, o restaurante RV administrado por Sara e seu marido Emerson “Ceará” Rodrigues. A família Viana em Marataízes emprega cerca de 90 pessoas.
Cocadas e biscoitos de polvilho
Dona Zazaia é o esteio da família, ela conta que fazia cocadas e seu Nilton vendia de venda em venda
A trajetória dos Santos Viana é de trabalho, fé e dedicação. Eles escolheram o comércio como digno ofício que aprenderam com os pais. Seu Nilton Viana e dona Rosária Rocha Viana, mais conhecida como Zazaia, hoje com 80 anos, começaram em casa fazendo cocadas de mamão, amendoim e leite, biscoito de polvilho e bolachas. O marido saía para vender nas pequenas boticas pelo interior da cidade. Tempos depois, seu Nilton abriu um bar, há mais de 50 anos e ali, na esquina com a Prefeitura, os filhos cresceram vendo-o vender o famoso café com leite, a vitamina de abacate e a batida de biscoito, que eram os carros chefes. “Eu e meu esposo acordávamos às 4h, e eu e ele fazíamos os doces. Eu costurei muito ajudando meu marido e já lavei muita roupa para os outros”, contou dona Zazaia.
Dona Zazaia conta com orgulho que criou Niltinho, Ronaldo, Edinho, Sônia, Valéria e Verônica todos trabalhando muito. Hoje, em Kennedy são cinco lojas. Valéria possui duas lojas, uma infantil e uma de calçados, ambas muito bem localizadas e de extremo bom gosto. Sônia, comanda a Sônia Modas, uma loja ampla e popular. “Meu pai tinha uma charrete e ficava até às 22h entregando doces no interior, seu Memeu, seu Virgílio Brezinsk, Valmi da Banha. Ele vendia os pacotinhos amarradinhos de 50 cocadas. Foi uma vida de sacrifício. Papai e mamãe conseguiram criar seis filhos, nenhum, graças a Deus nunca bebeu, nunca fumou e ninguém da família se envolveu com nada errado. Foi uma vida de muitos sacrifícios”, relembra Valéria emocionada.
O segredo para o sucesso, dona Zazaia e Valéria afirmam: “Deus na vida, sem Jesus não sou nada. Não precisa passar a perna, é só trabalhar”, completou a filha.
Sônia começou a trabalhar aos sete anos
Com sete anos de idade Sônia pisou no comércio do pai e não mais saiu. ‘Eu lavava os copos, limpava a lanchonete e fritava os salgados. “Eu colocava duas lajotas para subir e alcançar a estufa de salgados, eu fazia isso no bar do meu pai”.
Contou Sônia que a sensação do momento na época do bar do Seu Nilton, era a batida de biscoito, a vitamina de abacate e o famoso café com leite. “Somos seis irmãos que nascemos e crescemos dentro do comércio do meu pai e seguimos a carreira dele. Mamãe fazia os doces, e eu e meu pai saíamos para vender na roça”, disse.
Proprietária de uma das maiores lojas do centro em Kennedy, Sônia comentou que se não fosse comerciante, teria cursado gastronomia, mas é muito feliz com o ofício. “Eu gosto do comércio, e o segredo do sucesso, é trabalhar com honestidade, tratar seus clientes muito bem e respeitá-los. Para trabalhar com o comércio tem de gostar, pois há dias que não tem cliente”, ressaltou Sônia Regina Viana.
Legenda: Sônia começou a trabalhar com seu Nilton aos sete anos de idade hoje é dona de uma loja no centro
Nil Regis 25 anos de sucesso em Marataízes
Niltinho e o filho comandam juntamente com Regina a Padaria mais moderna de Marataízes
Nilton José Viana, o Niltinho e Regina Viana são os idealizadores da badalada Padaria Nil Regis, uma das mais conceituadas da região. Ele conta que com oito anos começou a trabalhar, junto com irmão Ronaldo, eles saiam pelas estradas de chão em uma charrete pelo interior afora entregando os doces e biscoitos de Dona Zazaia.
Niltinho já foi cobrador de ônibus da antiga Marapé e depois chegou a motorista. Entrou para o Banestes como faxineiro e depois galgou a gerência em Alegre. Há 25 anos, ele e sua esposa dona Regina Viana, decidiram abrir uma padaria que começou modestamente na Barra do Itapemirim. Depois foram para onde é hoje a Nil Regis. “Devo tudo a minha esposa Regina que focava na confeitaria e no caixa. Hoje, meu filho Breno Viana, está assumindo o comando da Nil Regis. Tenho certeza do seu sucesso, pois começou aos 18 anos me ajudando diretamente. Será bem melhor do que eu fui”, diz emocionado olhando placidamente para o filho. O casal possui mais um filho que se formou em medicina.
A Nil Regis gera cerca de 40 empregos diretos e nas temporadas chegam a 55 empregados. O outro da família a possuir uma padaria é Edson Viana, com a Big Pão, gerando cerca de cinco empregos.
A menina Nicolly trabalha no caixa
Nicolly dá uma lição de vida, com 10 anos ela ajuda no caixa do Restaurante RV na Barra
Nicolly Garcia Viana, 10 anos é uma aplicada aluna que acorda toda manhã para estudar. Logo após a escola, vai para o Restaurante RV almoçar e fazer o que mais gosta: atender aos fregueses e, orientada pela zelosa avó, dona Lucineide, fica dando troco e conferindo a balança. Ela afirma que é um aprendizado e se diverte.
O bancário Beto Duarte afirmou que é muito importante os pais levarem os filhos para a labuta. “Ela aprende a dar troco e a percepção do correto, ainda mais que são por poucas horas. Está de parabéns toda a família”, enfatiza Beto. Entretanto, apesar de receber elogios, existe o revés da moeda: críticas por estar trabalhando. “Com voz e feição de criança, mas com uma perspicácia digna de uma adulta, Nicolly indaga: “será que quem me critica ajuda a uma criança de rua”, diz para o espanto dos presentes”. É a saga da família Viana, continua na inocência e trabalho da menina Nicolly.
Família de Ronaldo – O comércio está no DNA da família de Ronaldo dos Santos Viana
