OPINIÃO: bandido bom, num é bandido morto?
Num entendi, tanta preocupação com o caos na capital, se defendem a morte de bandidos, a polícia matou Jonathan num confronto para proteger a sociedade.
Para quem afirma aos sete cantos do Brasil que “bandido bom é bandido morto”, inclusive, uma fala muito usada pelos apoiadores de Bolsonaro, Manato, Magno Malta e CIA, a morte do bandido integrante da facção criminosa Primeiro Comando de Vitória (PCV), Jonathan Cardoso, de 26 anos, apontado como membro do grupo e segurança de Fernando Ferreira Pimenta, o Marujo – chefe do tráfico no Complexo da Penha, considerado um dos traficantes mais perigosos e procurados do Espírito Santo, não deveria ter virado palco para oportunistas se aproveitarem do caos que a sociedade capixaba vive para tentar virar votos há 19 dias da eleição. Que coisa mais feia! Mas é o prato predileto de quem já esteve doutro lado um dia, em uma escuderia.
Se “bandido bom é bandido morto”, excelentíssimo Lorenzo Pazzolini, Erike Musso, Gilvan da Federal, Capitão Assunção e caro Manato, por que o reforço solicitado, se nem compete a vossa excelência tal solicitação? Não deveriam nobres senhores se aproveitarem de um clima tão tenebroso que nos cerca, para roubar a cena numa live, quase na mira de uma bala e em meio a fumaça de um coletivo queimado.
Sinto cheiro de ação orquestrada nos desfechos de ontem, na Capital do Estado, basta observar os bastidores da tragédia deste fumacento dia 11. É bom, senhores cristãos, cheios de razão, lembrar que Jonathan foi baleado num confronto com a Polícia Militar e Marujo permanece foragido. Ambos são do crime, se defendem a morte de bandidos, pois são bons quando desencarnam, deveriam também entender que são eles quem causam todo o transtorno da sociedade. E, mesmo que a oposição vença o pleito dia 30, no segundo turno, eles vão continuar existindo e aterrorizando, a não ser que matem todos de uma vez e não desfaçam os sinais de arma.
Pior ficará o ES com tanto ódio plantado, com a máxima de que “bandido bom é bandido morto” e a ameaça da volta do crime organizado para dentro das instâncias do poder, com o aval da sociedade usada pelo oportunismo irresponsável de políticos, sem escrúpulos, que pregam “Deus Pátria Família”, frequentam e alienam fiéis nos templos cheios de fariseus, e nos seus covis, mantém amantes, mentem e incitam a morte, como se isso fosse ensinamento de Cristo aos cristãos. Imagina se resolverem matar todos os bandidos do ES, já que na pedra serão bons. Quantos ônibus queimados teríamos, sociedade capixaba?
Tudo me parece ser uma orquestra para desarticular a eleição, e claro, estarão felizes torcendo pelo pior, pelo caos. A oposição de Casão o culpa e governador associa, aos oponentes, os ataques.