OPINIÃO: professores de Itapemirim, uni-vos!
Jordan L. Alves
Doutorando e mestre em Linguagem pela Universidade Estadual do Norte Fluminense
Historiadores dividem opiniões quando o assunto é a veracidade de que a Guerra de Tróia, de fato, aconteceu. O que se sabe é que, de acordo com o mito grego, a guerra se deu após o rapto de Helena, esposa do rei de Esparta, embora muitos ainda acreditem que o embate tenha se dado pela conquista do Estreito de Dardanelos, importante ponte comercial da época. No final da guerra, que pode ter durado quase 100 anos, os gregos saíram vencedores devido à brilhante ideia de Odisseu em criar um grande animal de madeira “recheado” de soldados, que penetraram as fronteiras de Tróia e obtiveram a glória.
O cavalo de Tróia, seja na Ilíada ou na Odisseia de Homero, ilustra a vitória que advém de um grupo que se reúne, reivindica, pensa e age.
Isso parece comum em nosso contexto. Enquanto nominalizamos professores e professoras que estão sofrendo devido a atrasos em seus vencimentos, ou servidores públicos que estão tendo seus direitos violados, é com prazer que devemos receber este elogio. Afinal, a guerra foi vencida. É claro que não esperamos que dure 100 anos, porque os gregos não tinham aluguel, cartão de crédito e outras dívidas, mas a força do povo unido trouxe a vitória.
Pensar em nós como cavalos de Tróia é nos chamar de fortes, estrategistas, odisseicos, heróis e vendedores. Por isso, aceitem o elogio. A ignorância age adversativamente pela reprodução do não-saber-o-que-se-diz.
Assim, não declinem, não achem que essa metáfora vos enfraquece; muito pelo contrario, ela só eleva nosso tamanho e força. O presente (ambiguamente) pode ser de grego, mas é assim que lidamos com enganadores: fingindo que estamos calados, nos reunindo coletivamente e agindo por estratégias de união, inteligência e força, tudo com base na legalidade. Isso é pra poucos.