OPINIÃO: “QUEM TEM MEDO DE MULHERES NA POLÍTICA E NA VIDA ?”
O texto que segue é da professora Luciana Santos, pré-candidata a vereadora de Vila Velha. Ela faz uma crítica ao que ocorreu na manhã deste sábado, na Câmara de Vitória, onde a vice-prefeita de Vitória, Capitã Estéfanie e impedida de usar a tribuna popular e desse pronunciar, na Casa do Povo, na Capital do Estado do ES.
O silenciamento das mulheres está presente em todos os lugares há muito tempo. E mesmo com diversos avanços as mulheres são impedidas de falarem, de acusar e quando mostram o que sofrem são ameaçadas e desmerecidas.
“No início era o Verbo, mas o Verbo era Deus e Homem. O silêncio é o comum das mulheres. Ele convém a sua posição secundária e subordinada. O silêncio é um mandamento reiterado através dos séculos pelas religiões pelos sistemas políticos e pelos manuais de comportamento. ( Pierrot,2005:9).
Toda nossa solidariedade a Capitã Estéfane, vice-prefeita de Vitória ES que tem sofrido represálias recorrentes de homens públicos na capital capixaba.
A reflexão sobre a violência na política de gênero deve ser pauta na sociedade, pois o nós contra eles jamais deve existir. Precisamos de uma política saudável onde a mulher possa exercer o seu direito de falar, de expor suas ideias, ser reconhecida e ouvida sem que haja interrupções ou conversas paralelas.
Eu compreendo que o ato de silenciar mulheres vem de alguma insegurança do homem, se ele se garante enquanto figura pública, enquanto agente político, jamais irá temer o argumento ou a saudação feminina, que é totalmente necessária em todos os espaços de poder.