OPINIÃO: São José de Anchieta, proteja o povo de Rerigtiba!
(O texto é de opinião com todo respeito aos bastidores – queremos apenas que tanto a Câmara quando o Executivo trabalhe para a população de Anchieta).
Qual é o recado que ficou após a eleição da Mesa Diretora em Anchieta? Como no amor, uma parte ferida é capaz de odiar tanto quanto se amou um dia.
Na semana passada, o que se entendeu, era que tanto Renato quanto Edinho são aliados do prefeito Fabrício Petri. Só que, mesmo sendo sempre aliados, não ficou claro o apoio do prefeito a nenhum dos dois. Tanto que Edinho convocou e desconvocou com a mesma caneta e pressa.
Mesmo sem dizer, ficou nítido que Renato não gostou nada de ter tomado a pernada de Niltinho que tinha declarado apoio à chapa dele, inclusive em plenário. E não gostou também de ter ficado no vácuo, sozinho, sem poder contar com Fabrício para cumprir o cominado. E o sumiço do prefeito, sem responder mensagens e atender ligações, creio que tenha sido a gota que faltava para chutarem o balde.
Mas, peraí, vamos tentar entender o que houve com o silêncio e sumiço do prefeito, na semana passada, que nem na missa compareceu.
Edinho não teve o apoio que imaginava ter para se reeleger. Com raiva exonerou todos os comissionados dos edis que declararam apoio a Renato, e depois justificou muito bem, contou pra mim que a folha estava acima do que dispõe a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ora Edinho, desde quando a folha estava acima do permitido? Mas quem tem o prefeito como parceiro pode contar na hora que precisar. Não teve Cristo que conseguisse falar com Fabrício antes da segunda eleição convocada.
A é? Então tá. Bora todo mundo faltar, a Chapa de Renato não foi sexta, na extraordinária. E Renan, que era da chapa de Niltinho, passou mal e faltou também.
Quem ganhou a eleição?
Niltinho, disse e desdisse, em segundos. Primeiro comentou que Renato não cumpriu o acordo, em seguida, tentou trocar o termo acordo por reciprocidade. A verdade é que o prefeito tinha sete, aliás, 07 fiéis aliados: Serginho, Edinho, Renato, Tereza, Cleber, Niltinho e Pablo, podendo contar também com o voto de Renan; declarada oposição somente Márcia, que é esposa de Marquinhos Assad, rival dos Petris. Ah, Semedo também. Com sete aliados declarados, o chefe do Executivo tinha a Mesa que quisesse. Ou eu estou enganada? Mas os dois veteranos se desenterram claramente.
Edinho fez a primeira convocação, achando que seria eleito de cara, e descobriu que não tinha os votos necessários quando Renato inscreveu a chapa dele.
Todavia, nas entrelinhas, nem Renato nem Edinho, o prefeito queria com tanto poder; afinal de contas, o que se precisa pensar é: Quem vai sucedê-lo daqui a dois anos? Poderá ser alguém que não tenha medo de bater asas? Alguém que não seja subserviente?
Niltinho, com perdão da palavra, não tem o Know-how de Renato Lorencini, cria do PSB e de Edinho; politicamente falando. Indubitavelmente era mais fácil arrumar alguém cujas rédeas não fugissem ao seu controle.
Entre eles, saiu a combinação de deixar Fabrício com uma espinha agarrada na garganta. Mesmo Pablo sendo da base do Executivo e Renan um aliado, mas, ambos vereadores de primeiro mandato, era preciso trazer Márcia, para ter uma carta a mais no tabuleiro. Mesa posta: Renan, Pablo, Márcia, e, pronto! Com sorriso de Edinho, brincando e olhando no olho, é melhor votar em tu, Renan, do que em quem queriam nos impor. E assim, Márcia, oposição, trazida para secretária, o recado está bem dado: tens a força que acha que tem, ou a Mesa Diretora tem uma pitada de oposição na composição? Desculpe o verso.
Na política arranjos são comuns e acordos fazem parte. Mas jogar dos dois lados, ao mesmo tempo, pode ferir as duas partes na mesma intensidade. Vamos aguardar as cenas dos dois próximos anos! Enquanto isso, comemore muito Renan, que a vitória é sua, garoto! E o Santo José de Anchieta proteja o povo de Rerigtiba!