PCES desmantela laboratório de cocaína em Guarapari e prende sete suspeitos

Na última quarta-feira (14), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio do Departamento Especializado em Narcóticos (Denarc), desmantelou um grande laboratório de cocaína em Guarapari. A operação, que resultou na prisão de sete suspeitos, com idades variando entre 19 e 39 anos, foi conduzida após 15 dias de intensas investigações. A descoberta do laboratório, localizado no bairro Recanto da Sereia, revelou um esquema de preparo e embalagem da droga que abasteceria pontos de tráfico na Grande Vitória e em outros eventos festivos da região.

Na coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (16), o delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, destacou o trabalho meticuloso da equipe. Segundo ele, a operação representou um avanço nas técnicas investigativas da polícia, que têm se concentrado em grandes apreensões e no combate ao tráfico organizado, com foco na lavagem de dinheiro e recuperação de ativos. “Esse laboratório era altamente sofisticado, com maquinário avançado que permitia a produção massiva de cocaína em curto espaço de tempo”, afirmou Arruda. Em apenas cinco dias, os criminosos conseguiram preparar 70 mil pinos de cocaína prontos para distribuição.

O chefe do Denarc, delegado Tarcísio Otoni, revelou que o grupo criminoso, oriundo de Cariacica, utilizava a casa alugada em Guarapari para operar discretamente, evitando levantar suspeitas dos vizinhos. “Eles trabalhavam ininterruptamente, dia e noite, na produção da droga. O objetivo era colocar nas ruas pelo menos 150 mil pinos de cocaína”, explicou o delegado. A operação foi cuidadosamente planejada com o uso de drones e vigilância aérea, o que permitiu à polícia cercar a residência e prender os sete traficantes sem que um único disparo fosse efetuado.

A quantidade apreendida de cocaína, somada ao maquinário e outros materiais ilegais, foi avaliada em aproximadamente R$ 2 milhões no mercado de varejo. Além disso, dois dos indivíduos detidos eram foragidos do sistema prisional, um deles envolvido em uma fuga em massa no presídio de Churi, em abril deste ano.

O delegado adjunto do Denarc, Felipe Pimentel, acrescentou que o grupo tinha laços com facções criminosas locais, responsáveis pelo controle do tráfico em pelo menos dez bairros de Cariacica. “Esses traficantes operavam com uma logística bastante elaborada, sendo responsáveis não apenas pela produção, mas também pela distribuição desses entorpecentes em eventos e festas na região”, detalhou Pimentel.

As investigações continuam, e mais detalhes sobre a ligação dos traficantes com facções e a extensão de suas operações serão divulgados à medida que o caso avança.

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