PCES prende indivíduo que ameaçou policiais após operação contra Fernando Pimenta, o Marujo
Coletiva de imprensa revela detalhes sobre prisão de indivíduo que ameaçou agentes envolvidos em operação policial.
Na tarde dessa quinta-feira (28), a Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) realizou uma coletiva de imprensa para divulgar detalhes sobre a prisão de um indivíduo de 21 anos, responsável por ameaçar policiais civis e penais que participaram da operação que resultou na prisão de Fernando Moraes Pereira Pimenta, conhecido como Marujo, em Vitória.
O indivíduo em questão utilizava um perfil falso na rede social X (antigo Twitter) para fazer ameaças direcionadas aos agentes envolvidos na prisão de Marujo, além de postar ameaças contra as testemunhas de acusação nos processos em que o mesmo é réu.
Durante a coletiva, estiveram presentes o superintendente de Polícia Especializada (SPE), delegado Romualdo Gianordoli, o chefe do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP), delegado Ricardo Almeida, e o delegado Alexandre Passamani, da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp).
O delegado Ricardo Almeida detalhou que as ameaças surgiram logo após a prisão de Marujo, entre os dias 8 e 13, quando o indivíduo começou a postar mensagens ameaçadoras, inclusive com fotos e perfis de policiais, utilizando um perfil falso na rede social. Em resposta a essas ameaças, a PCES solicitou apoio ao Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, o CyberLab, que contribuiu para a identificação do suspeito e remoção do perfil da rede social.
A prisão temporária do indivíduo foi cumprida com sucesso em um apartamento no Parque Moscoso, sem resistência por parte dele. Durante a busca, foi apreendido o aparelho celular do suspeito, que será analisado para obter mais informações sobre seu envolvimento com a facção PCV e a veracidade das ameaças proferidas.
O suspeito, que não possui registro criminal, apresentou um registro de ato infracional anterior, quando ameaçou o então secretário de segurança, coronel Ramalho, em 2020. No entanto, devido à sua condição de adolescente na época, ficou em liberdade assistida. Durante o interrogatório, o indivíduo confessou ser o autor das ameaças, mas preferiu não comentar sobre seu suposto envolvimento com a organização criminosa PCV.
Além disso, familiares do suspeito relataram que ele possui problemas psiquiátricos, o que levanta a possibilidade de instauração de um incidente de sanidade mental para avaliar sua capacidade de entender seus atos. No entanto, durante o interrogatório, o suspeito demonstrou certa articulação, o que indica que sua condição mental pode ser mais complexa.
A prisão temporária do suspeito tem duração inicial de cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco, durante os quais serão realizadas análises mais aprofundadas para esclarecer sua relação com as ameaças proferidas e com a organização criminosa.