PCES prende suspeito em operação nacional de combate ao abuso infantil

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), participou da Operação Nacional “Bad Vibes III”, deflagrada nesta terça-feira (21) para combater o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes na internet. A operação, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, foi realizada simultaneamente em 13 estados brasileiros.

Durante a ação, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nos municípios de Guarapari e Linhares, resultando na prisão em flagrante de um homem em Linhares. A operação, nomeada “Bad Vibes”, faz referência ao conteúdo ilícito compartilhado através do aplicativo de mensagens Viber, similar ao WhatsApp.

Em coletiva de imprensa realizada na tarde de hoje, o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, José Lopes, e o titular da DRCC, delegado Brenno Andrade, divulgaram detalhes sobre a operação. Andrade destacou que as investigações no Espírito Santo começaram em março deste ano, após a recepção de um relatório técnico preliminar do Ministério da Justiça, indicando a atividade criminosa de dois suspeitos.

“A operação foi desencadeada hoje, com base em informações detalhadas que recebemos sobre o armazenamento e compartilhamento de material de abuso infantil. Em Linhares, conseguimos identificar e prender em flagrante um indivíduo com mais de 4 mil fotos e vídeos de conteúdo ilícito”, afirmou o delegado.

Contexto da Operação Nacional

A “Bad Vibes III” é a terceira fase de uma série de operações iniciadas em outubro de 2023, com a colaboração de agências de segurança internacionais, como a Homeland Security Investigations (HSI) da Embaixada dos Estados Unidos em Brasília. As fases anteriores resultaram em várias prisões e apreensões em diferentes estados, reforçando o compromisso das autoridades brasileiras no combate a crimes cibernéticos contra menores.

Resultados no Espírito Santo

No Espírito Santo, a operação culminou na prisão de um auxiliar de serviços gerais de 28 anos, encontrado com vasto material de abuso infantil. “Foi uma surpresa para nós descobrir que ele utilizava um aplicativo de mensagens menos comum para cometer os crimes”, destacou Andrade, referindo-se ao Viber. O suspeito foi imediatamente detido e conduzido ao presídio.

Além da prisão em flagrante em Linhares, outro mandado de busca foi cumprido em Guarapari, porém, sem apreensão de material ou prisões no momento.

Penalidades e Continuidade das Investigações

No Brasil, a pena para quem armazena conteúdo pornográfico infantil varia de 1 a 4 anos de prisão; para quem compartilha, a pena é de 3 a 6 anos; e para quem produz, a penalidade é de 4 a 8 anos de prisão.

As investigações continuam, e a PCES promete manter vigilância constante e colaboração com outras forças de segurança para combater essa grave ameaça. “Vamos continuar atentos e prontos para agir contra qualquer forma de exploração sexual infantil”, concluiu o delegado Andrade.

A coletiva de imprensa encerrou-se com a reafirmação do compromisso da Polícia Civil e do Ministério da Justiça em proteger os mais vulneráveis e punir severamente os responsáveis por tais crimes.

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