Polícia Civil mira desarticular organização criminosa no bairro Nossa Senhora Aparecida, em Cachoeiro; quatro suspeitos são presos, inclusive um advogado
A Polícia Civil de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, deflagrou nesta quarta-feira (23) a primeira fase da “Operação Serôdia”, voltada para desarticular uma organização criminosa que atua no tráfico de drogas no bairro Nossa Senhora Aparecida. A ação cumpriu mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em residências de suspeitos envolvidos com o comércio de entorpecentes na região.
Entre os alvos da operação, está um advogado, cujo nome não foi divulgado, investigado por suspeitas de servir como intermediário entre os líderes da organização presos no sistema penitenciário capixaba. De acordo com o delegado Felipe Vivas, que está à frente da Delegacia Especializada de Narcóticos (Denarc) e da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro, o advogado teria papel fundamental no repasse de informações da parte externa para os chefes da quadrilha dentro da prisão.
As investigações revelaram que o grupo criminoso estava fortemente organizado, e as evidências apontaram para o envolvimento direto dos investigados com o tráfico de drogas na região. Segundo o delegado, a primeira fase da operação se concentrou em prender quatro indivíduos que ocupavam posições de liderança no esquema criminoso.
“Foram expedidas medidas cautelares de prisão temporária e busca e apreensão contra esses indivíduos, que tinham uma atuação significativa no tráfico local”, informou Vivas. Entre os detidos, estão homens com idades de 28, 32 e 35 anos. Todos foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro de Itapemirim.
Além dos mandados de prisão, o advogado alvo da operação teve sua residência revistada, resultando na apreensão de duas pistolas registradas em seu nome. A Justiça também determinou que ele não mantenha contato com os demais investigados e o proibiu de acessar unidades prisionais, visando impedir sua atuação como possível intermediário entre a quadrilha e seus líderes.
O delegado destacou que o advogado desempenhava um papel estratégico, garantindo que o chefe da organização, mesmo preso, pudesse deliberar sobre ações relacionadas ao tráfico de drogas na cidade. “Ele era um facilitador da comunicação entre a liderança da quadrilha e os demais membros atuantes fora do presídio”, acrescentou Felipe Vivas.
Com as apreensões e prisões realizadas nesta fase, as investigações vão continuar.