Os condomínios investem pesado em segurança, mas nem sempre veem os seus objetivos dando resultados. Somente nos dois primeiros meses de 2018, no Rio de Janeiro, houve um aumento de 70% na quantidade de casos de assaltos a residências dentro do Estado, que passaram de 130 para 221, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP). Recentemente, um condomínio em São Paulo foi atacado quando assaltantes se passaram por policiais com um suposto mandado de prisão e tiveram a entrada liberada pelo porteiro. Ou seja, não há limites para os criminosos!
Mesmo com os altos custos com segurança em condomínios, os números de roubos e furtos cresceram 172% de 2016 para 2017, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. Os assaltantes estão cada vez mais criativos, mas na maioria das vezes usam as “velhas táticas” de se passar por moradores ou amigos de condôminos. Por isso vale ressaltar que somente os aparelhos tecnológicos e a equipe da portaria e de garagem não são suficientes, quando os moradores ignoram as atitudes que promovem a segurança preventiva.
Na maioria dos assaltos a esses locais a falha está justamente no momento da averiguação ou liberação de visitantes e prestadores de serviços. Em conjuntos habitacionais, principalmente, há maior incidência de contratação de pessoas despreparadas para a função, desatentas ao entra e sai de moradores, que deixam qualquer um entrar sem confirmar se os moradores autorizaram ou sem checar as placas dos carros, indo apenas pela marca e cor do veículo — muitas vezes semelhantes a de algum condomínio. Outra falha comum é a entrada de portadores de serviços, como diaristas, pedreiros, encanadores, dentre outros, e até entregadores de pizza e fast-foods sem uma regra bem definida de controle de acesso, deixando a decisão para o porteiro.
Os arrastões em condomínios têm se dado em grande parte pela desatenção de porteiros, pois a instrução do funcionário é, hoje, a maior arma de combate contra esses tipos de crimes. Todo condomínio possui regras e normas que precisam ser obedecidas por todos, pois um único deslize ou falta de comprometimento põe em risco a segurança do prédio. Um erro muito comum é o controle de acesso à garagem, onde muitos prédios não possuem em sua estrutura condições adequadas para visualização dos veículos, devendo ser corrigido com equipamentos de identificação e CFTV.
Por isso, alertar condôminos quanto às atitudes irresponsáveis e investir em treinamento e tecnologia vale a pena. Há empresas de serviços terceirizados com experiência na gestão e na preparação de profissionais capacitados para agir e evitar situações desagradáveis. Assim, o condomínio não precisa se preocupar com a ausência de funcionários. Com a terceirizada, outro deverá cobrir o plantão e com a mesma qualidade de serviço. O prédio não precisa fazer o processo de seleção e treinamento dos funcionários, e deixa esses encargos ao cuidado e supervisão da empresa que vai aplicar rotinas próprias para tanto, gerando mais segurança e trabalho de melhor qualidade.
Artigo de:
Amilton Saraiva, especialista em condomínios da GS Terceirização www.gsterceirizacao.com.br |