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Projeto da professora de Artes do Filomena Quitiba, “Cores da Igualdade”, é finalista do Prêmio Boas Práticas Sedu
O Projeto foi desenvolvido pela professora de Artes, Adriana Tiago Lopes com os alunos da Escola Filomena Quitiba. É finalista no Prêmio Boas Práticas Sedu.
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O projeto Cores da Igualdade: Revelando Histórias e cultura através dos cabelos afro na Arte – Meu cabelo, Minha Coroa foi desenvolvido na escola Filomena Quitiba, em Piúma e é um dos finalistas do Prêmio Boas Práticas em sala de aula, promovido pelo Governo do Estado do Espírito Santo. O resultado sai no próximo dia 06 e a torcida do litoral é pela professora de Artes, Adriana Tiago Lopes, quem propôs o projeto com os alunos.
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A ideia, segundo a professora, surgiu após o desabafo pessoal de uma aluna insatisfeita com sua aparência, em especial com o cabelo, o qual ela achava feio e queria torná-lo liso por meio de química. O que não era aprovado por sua mãe.
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A professora durante o relato buscou inspirar a aluna citando o nome de mulheres pretas de sucesso e que atuavam como ativistas na mídia como: Tais Araújo, Sheron Menezes, Viola Davis, Oprah Winfrey, etc. “Entretanto, esse não é meu lugar de fala, por conta disso fiquei pensando em como poderia transformar a autoimagem dessa e de tantas outras alunas pretas que não tiveram coragem de desabafar, mas que sofrem, às vezes caladas, ao se olharem no espelho’, ressaltou Adriana.
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Para envolver os estudantes na proposta que acabou sendo a única de um professor da Superintendência Regional de Educação de Vila Velha, que compreende Piúma, o início se deu com a música Olhos coloridos, eternizada na voz de Sandra de Sá. “Trabalhamos o significado de cada estrofe e a história que inspirou a letra de Macau”.
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Gostaram tanto, que, os alunos sugeriram outras músicas sobre essa mesma temática e que exaltam os cabelos afro como uma forma de resistência.
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“Também visitamos a exposição virtual Negras Cabeças. A exposição é uma experiência impactante que mergulha na complexidade e diversidade da identidade negra. Através de uma série de obras visuais, a mostra destaca a riqueza cultural e as nuances das experiências afrodescendentes. Cada peça transmite poderosas narrativas, explorando temas que vão desde a celebração da ancestralidade até reflexões sobre a luta contínua por igualdade. A diversidade de estilos e técnicas utilizadas pelos artistas envolvidos enriquece ainda mais a exposição, proporcionando uma perspectiva multifacetada sobre a beleza e a resiliência da comunidade negra. “Negras Cabeças” não apenas convida à apreciação estética, mas também à reflexão profunda sobre questões sociais e históricas’, frisou.
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Salientou a professora Adriana que posteriormente, analisam as leis 10.639/03 e 12.288/10. As duas buscam promover a inclusão e o respeito à diversidade étnico-racial no contexto educacional brasileiro. A Lei 10.639/03 estabelece a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas, abordando temas como a contribuição dos negros para a formação da sociedade brasileira. Já a Lei 12.288/10 institui o Estatuto da Igualdade Racial, visando combater a discriminação e promover a igualdade racial.
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“Em sala de aula, essas leis foram incorporadas por meio de diferentes estratégias, como a inclusão de materiais didáticos que abordaram a diversidade étnico-racial, a promoção de debates e reflexões sobre temas relacionados ao preconceito e à discriminação racial, e a valorização de personalidades e eventos históricos afro-brasileiros. Os alunos ilustraram artigos das leis que eles escolheram”, explicou.
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Na sequência, Lopes exibiu o filme “Escritores da Liberdade”. Este filme inspirador ofereceu uma perspectiva poderosa sobre questões relacionadas à educação e diversidade. “Ao explorar narrativas complexas e transformadoras, os estudantes foram convidados a refletir sobre temas como superação e inclusão. Essa experiência enriqueceu a compreensão do grupo sobre as questões abordadas no projeto, complementando as discussões em sala de aula e contribuindo para uma abordagem mais ativa e envolvente”.
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Outro ponto importante foi a apreciação de obras de arte que exaltavam o cabelo da mulher negra, das artistas visuais: Keturah Ariel, Tyler Clark, Laetitia Ky, Iraci Oliveira, ILLI Íldima Lima. Com roda de conversa em sala de aula.
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Ressaltou Adriana que a culminância do projeto foi a produção de um mural na escola com a produção artística feitas pelos estudantes. A proposta foi a criação de autorretratos/ retratos com características afro, com ênfase para os cabelos.
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“Também foi importante avaliar o projeto com um questionário de reflexão pessoal que mostrou uma melhora significativa nos casos de racismo dentro da escola”.
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Os trabalhos dos alunos revelaram uma notável combinação de sensibilidade e força, destacando-se pela maneira como abordaram o cabelo afro como uma forma intrínseca de resistência cultural.
A inscrição ao Prêmio Boas Práticas se deu, sobretudo, para que outras escolas pudessem se inspirar e aplicar projetos como esse, adaptados às diversas realidades escolares. “O compromisso com uma educação antirracista é um compromisso de toda comunidade escolar”, assegurou.
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E projetos como esse permitem que a cada dia a escola se aproxime mais e mais de uma realidade onde o racismo seja raro e não mais corriqueiro. “Estou profundamente grata por ser finalista do Prêmio Boas Práticas da Sedu, na categoria sala de aula. O apoio essencial da equipe da Escola Filomena Quitiba foi fundamental para a concepção e execução bem-sucedida do projeto. Juntos, alcançamos um marco significativo na promoção de práticas educacionais exemplares’, ressaltou Adriana Tiago Lopes, professora de Artes da Escola Professora “Filomena Quitiba”.