Psicólogo acredita que o marido que matou a mulher poderá cometer suicídio

De Fortaleza, por telefone, a Reportagem conversou com William Gabriel Ferreira, psicólogo, pedagogo, consultor comportamental que falou um pouco sobre a possibilidade do marido que matou a mulher asfixiada, na Praia da Gamboa vir a cometer o suicídio.

Willian disse que possivelmente o marido seja um psicótico e provavelmente se sentia menor que a mulher, ou menos percebido, não foi capaz de dividi-la com os amigos, a rede social e a vida pública no trabalho. “Eu vejo que a probabilidade do esposo se suicidar é muito grande por causa da frieza, é um comportamento bem maníaco, psicótico, de psicopatia, porque olha bem o que ele fez. Premeditou todo o crime, por ciúme, tipo, já que ela não pode ser só minha, ela também não vai ser de mais ninguém. Ele não estava dando conta de dividir a esposa com a vida pessoal dela, com os amigos, com a rede social e até mesmo com o ambiente de trabalho dela, a ponto dele ter surtado e ter tirado a vida da própria esposa de maneira cruel, ele premeditou tudo, porque ele limpou a casa, tirou todos os vestígios, ligou para filha, fez cartaz para colar na cidade, o que revela um comportamento maníaco, talvez até um maníaco depressivo e psicótico também”, explica o psicólogo.

Para o psicólogo, a frieza no comportamento do esposo é algo a ser investigado. “Não sei como é que era o relacionamento deles, se existia indícios ou subsídios que o levasse a fazer isso. É sabido que ninguém deve tirar a vida de ninguém, o que a psicologia e a psicanálise explicam é que ele é uma pessoa infeliz, que não deu conta de administrar os seus próprios sentimentos com relação à mulher. Agora, eu também não sei se o relacionamento deles já vinha capengando, se tinha histórias de traição, se ele já estava desconfiado dela, ou por ela ser muito bonita, ou superior a ele em questões intelectuais, financeiras, enfim, às vezes, a pessoa para se sentir percebida na sociedade precisa destruir a outra, foi o que ele fez. Ele não estava dando conta de conviver com essa pessoa em vários espaços. Então, ele destruiu a própria esposa. Olha só, uma vez ela morta, mesmo tendo sido assassinada por ele, agora ele vai poder existir de forma mais tranquila e mais ligte, porque ele não estava dando conta de administrar o sentimento dele por essa servidora pública, por essa esposa, então, ele a eliminou, a tirou da jogada para poder ter uma vida mais tranquila, só que a Polícia Civil acabou descobrindo que era o próprio marido que a matou. Que fique bem claro: independente de qualquer motivo, nada justifica a crueldade que ele cometeu, com certeza, será pego, punido e vai ter de pagar por isso, agora, há uma probabilidade dele se suicidar por causa dos comportamentos psicótico e dos transtornos psiquiátricos que ele apresenta ter”, concluiu Willian Gabriel, consultor comportamental.

 

Ela se cuidava, era uma mulher que não dava confiança pra ninguém

A Reportagem também conversou com um vizinho de Claudiana Bom, assassinada pelo marido na quinta-feira na Praia da Gamboa para melhor saber sobre a realidade do casal. Segundo esse vizinho que reside a dois anos próximos a casa de Claudiana, a servidora pública se cuidava muito, talvez por ela exercer uma atividade não muito valorizada.

A esposa do vizinho disse que chegou a trabalhar com o marido de Claudiana e que ele era muito possessivo. Disse também que, quando ela teve a filha engordou muito, mas resolveu investir nela, fez lipoaspiração e colocou silicone, além de ter entrado para a academia juntamente com a filha, tudo com o próprio esforço. O marido não suportou vê-la bem vestida, arrumada todos os dias, pois ela fazia questão de ir trabalhar sempre muito impecável. Lembrou o vizinho que Claudiana jamais deu confiança para outro homem e que durante o tempo em que trabalharam próximos evitava olha-la para não constrangê-la. “O que foi muito duro ver foi vê-lo levar a filha para ver o corpo e fazer força para chorar”, comentou a vizinha que não acredita ainda no que ocorreu.

O esposo da vizinha disse que a justiça precisa ser feita, que o marido de Claudiana precisa ser punido nos rigores da lei, porque “um crime covarde como esse não pode passar em vão. Envergonha-nos como homem saber que uma mulher decente, que apenas se cuidava foi morta com requintes de crueldades como foi a Claudiana”, frisou.

O assassino confesso era perseguidor segundo o casal de vizinhos, não podia imaginar que os trabalhadores estavam em algum lugar reunidos que seguia, ficava vigiando. O marido da gari sempre foi na dele, tinha boca e não falava, assim descreveu o casal.

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