RUINDADE SEM LIMITE: amarraram os pés e as mãos de Marreco e enterraram o rosto dele morto a pauladas na areia
Triste fim de um jovem que não controlava mais o desejo pelo crack e furtava tudo que podia para tentar saciar o vício do maldito crack
Nenhum pai, mãe ou avós receberia pela manhã a notícia de uma morte tão cruel e não indignaria e, ainda que o jovem fosse noia, não se justifica um assassinato tão cruel e frio.
O que demonstra mesmo é a frieza do ser humano e falta de amor ao próximo. Mike Aranha dos Santos, 24 anos, vulgo Marreco, era dependente químico, usuário de crack e já não se controlava mais, assim contou a policial civil Mara Batista.
Marreco furtava para manter o vício, além das casas até traficante foi vítima do freguês, precisava de ajuda, mas o destino foi outro.
Morador da Rua Alda Lofego, no bairro Itaputanga, em Piúma, nesta manhã, um rastro de sangue, levou ao cadáver dele deixado na margem da praia com o rosto desfigurado, enterrado na areia, amarrado com os pés e mãos para trás, morto a pauladas. Foi julgado até a morte e depois, os algozes fugiram deixando a arma do crime no local.
O assassino, ou covardes assassinos armaram a emboscada. O convidaram para “um café” – na gíria deles, fumar uma pedra, ou um baseado, sei lá, e na madrugada desta segunda-feira, 09, no Canal de Itaputanga foi posto fim a vida de Marreco.
Todos sabiam que Marreco era usuário de drogas e teria um extenso curriculum na vida do crime. Mas ninguém pode comemorar a partida dele. Nem de ninguém, pois a vida dele era dele e o amanhã ninguém sabe como será.
A policial civil Mara Batista falou com a reportagem que Marreco estava no último estágio da dependência química, mesmo assim, não tinha um comportamento abusivo, toda vez que parava na delegacia por conta de furtos, abaixava a cabeça. Mara comentou que ele já não se controlava mais e estava entrando na casa de muitas pessoas no bairro por conta da dependência.
“Hoje acordamos com a esta triste notícia do homicídio do Mike Aranha, um jovem rapaz de 24 anos. Tudo por conta do crack que a gente tanto alerta. Eu particularmente gosto de alertar os jovens que são conduzidos para a delegacia. Eu faço este pedido aos pais: vigie seus filhos. Infelizmente, Marreco era uma vítima da droga. Ele estava num estágio bastante avançado no vicio. Quem usa, ou está envolvido com droga, eu faço este alerta: a cadeia ou o que aconteceu com Marreco hoje”.
De acordo com Mara, Mike chegou a pedir ajuda para deixar o vício, pois era o por conta do crack que ele acabava furtando. Que Deus o tenha!
Marreco era sobrinho do cavaleiro Anilton Nascimento Aranha, o Nito, assassinado a tiros no dia 07 de abril, na Praia da Maria Neném, em Piúma. Na época do homicídio de Nito havia uma verão para o crime, o tio teria defendido o sobrinho no bairro de pessoas que ele teria furtado e acabou sendo vitimado no lugar dele.
Na areia da praia onde Marreco foi assassinado ficaram as marcas do sangue por onde o corpo foi arrastado, até ser descoberto na manhã desta segunda.
Muitas pessoas acostumadas a julgar o outro disseram que demorou muito para Mike ser morto: “ele roubava todas as casas, ninguém aguentava mais’, disse uma mulher.
A Polícia Militar e a Polícia Civil isolaram o local até a chegada da perícia que removeu o cadáver ao Departamento Médico Legal – DML de Cachoeiro onde foi necropsciado e liberado para sepultamento.