Servidora Luciana Santos desafia assédio moral e coloca-se como opção política em Vila Velha
Após enfrentar uma série de desafios durante sua atuação na gestão do prefeito Arnaldinho Borgo, a servidora Luciana Santos decidiu dar um passo à frente na política da cidade de Vila Velha. Apesar do cenário dominado por homens e da ausência de mulheres na corrida à prefeitura, Luciana optou por lançar seu nome como pré-candidata na camâra municipal pelo PL, único partido que se coloca como oposição ao atual chefe do executivo municipal.
Consciente dos obstáculos no ambiente político, o objetivo de Luciana vai além de uma conquista pessoal; ela quer representar seus colegas servidores e colaborar com a população da cidade.
No entanto, ela relata enfrentar perseguição e assédio moral devido à sua postura crítica em relação à administração do prefeito, especialmente no que diz respeito ao tratamento dispensado aos funcionários públicos. Apesar disso, confia no sistema judiciário brasileiro para se defender, visto que ela já move ações contra o município e servidores que a atacam.
Luciana está prestes a concluir sua formação em Direito, visando especializar-se em direito administrativo. Seu objetivo é oferecer suporte legal aos servidores públicos que enfrentam dificuldades sob qualquer administração municipal.
A eleição de 2024 será palco de disputas eleitorais a nível municipal. Com a obrigatoriedade dos partidos preencherem as chapas com pelo menos 30% de candidaturas de gênero, as mulheres estão sendo muito cortejadas. No caso de Luciana, professora combatente, ela busca voz e vez, não aceitando menos que seu direito. Mulher preta, fundadora do Coletivo Teresa de Benguela e proponente da Academia de Letras da Diversidade, é um nome que o PL da cidade Canela Verde recebeu de braços abertos, mesmo sendo feminista e vindo de um partido de extrema esquerda.