TERROR: triplo homincídio e 7 feiros, em Nova Almeida, na Serra, mais de 50 tiros

Dez pessoas foram baleadas no ataque. Vítimas participavam de um aniversário quando criminosos chegaram armados e atiraram.

O local da tragédia – Foto/ Divulgação

Um ataque a tiros na madrugada deste sábado (23) deixou três mortos e outros sete feridos. O crime aconteceu no bairro Nova Almeida, na Serra. Numa sequência de tiros que parecia interminável, bandidos transformaram a comemoração de um aniversário, em um bar em tragédia. Mais de 50 disparos foram efetuado. Câmeras de videomonitoramento captaram o momento do crime, mas ninguém foi preso até o momento. 

Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência e, quando a equipe chegou ao local, a dona do estabelecimento disse que estava comemorando o aniversário com alguns amigos e, em determinado momento, criminosos chegaram atirando na direção dos convidados. Segundo relato dela à PM, algumas pessoas foram atingidas e socorridas por outros convidados.

No interior do bar, os policiais localizaram três baleados. Uma mulher de 37 anos teve a morte confirmada ainda no local por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). O crime aconteceu por volta das 2h50, mas o corpo dela só foi retirado do bar pela manhã, mais de 7 horas após o homicídio. Os outros baleados eram homens, de 29 e 32 anos, e foram socorridos ao Hospital Jayme Santos Neves, no mesmo município.

“Durante o atendimento da ocorrência, os militares foram informados pelo Ciodes de que outras quatro pessoas baleadas no bar haviam dado entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Castelândia. Dessas quatro, um homem e uma mulher não resistiram aos ferimentos (e morreram). As outras duas vítimas são homens”, descreve a PM. 

Upa de Cobilândia – Foto/ divulgação

Depois, ainda segundo a Polícia Militar, a equipe constatou que um jovem de 18 anos, também vítima dos disparos, foi socorrido pelo pai à UPA de Castelândia. Outro jovem, de 20 anos, também deu entrada no mesmo Pronto Atendimento. 

Entre os mortos:

  • Elaine Cristina dos Anjos Machado, 37 anos (no local)
  • Gueidson Dalapicola (socorrido, morreu na UPA)
  • Laira (socorrida com ferimento no peito e no braço, também morreu na UPA)

Durante o ataque, algumas pessoas conseguiram fugir correndo pelas ruas do bairro, conforme registro de videomonitoramento. É pela câmera, que também captou o áudio, que ainda fica constatada a sequência de disparos efetuados pelos criminosos.

Além de deixar mortos e feridos, os tiros ainda atingiram imóveis vizinhos ao bar. Os vidros de uma loja e de uma igreja nas imediações foram quebrados. 

Em nota, a Polícia Civil disse que as diligências foram iniciadas assim que tomou conhecimento do crime e o plantão do Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP) foi o responsável pelas primeiras apurações e oitivas. Até o momento, nenhum suspeito foi detido.

“O caso seguirá sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra. A PCES reforça que informações sobre o caso podem ser compartilhadas de forma sigilosa por meio do Disque-Denúncia 181, uma linha gratuita disponível em todos os municípios do Estado. A colaboração da comunidade é essencial para o avanço das investigações.”

Demora no recolhimento do corpo

Questionada sobre a demora de mais de 7 horas para o recolhimento do corpo da vítima no local do crime, a Polícia Científica do Estado do Espírito Santo (PCIES) afirmou que, na madrugada, foi acionada e que foram encaminhadas equipes de perícia e de transporte de cadáver.

“Dois corpos foram recolhidos em unidade hospitalar e transportados para o Instituto Médico Legal de Vitória, para serem necropsiados e, posteriormente, liberados para as famílias. Entretanto, durante o atendimento da ocorrência, houve uma falha de comunicação entre as equipes envolvidas no atendimento e o corpo de uma vítima não foi recolhido imediatamente. O corpo foi recolhido nesta manhã, e os demais procedimentos estão sendo realizados conforme os protocolos estabelecidos. Lamentamos profundamente o ocorrido e esclarecemos que o fato está sendo apurado. A PCIES vai reavaliar os procedimentos internos para evitar que situações semelhantes se repitam”, ressaltou, em nota. 

Fonte: A Gazeta

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