TIRAVA ONDA levava uma vida de luxo, traficante preso com arma banhada a ouro em Vitória

Adriano Resena Pereira, que foi capturado pela Polícia Civil em Vitória, é considerado um dos cinco líderes do tráfico de drogas no Norte do Estado.

Adriano era prcurado desde 2018- fotos: PC

O criminoso Adriano Resena Pereira, conhecido como Baby, de 36 anos, apontando como líder do Primeiro Comando de Vitória (PCV) em Aracruz, foi preso em Fradinhos, na Capital do estado, no último sábado (29). Em sua residência, a polícia encontrou diversos armamentos, carregadores, dinheiro em espécie e o que chamou mais atenção: uma pistola banhada a ouro. Além da pistola apreendida 75 munições calibre 9mm, 71 munições calibre .40, 07 carregadores, R$ 42.946,00, 05 mira lase, uma mira holográfica, entre outras.

Segundo o titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Aracruz, delegado Leandro Sperandio, o armamento significa mais do que simples ostentação, a imagem de um comandante do crime organizado, um status de liderança e poder. 

De acordo com o delegado, o homem preso tem vasta experiência no crime e é o principal líder do tráfico de drogas em Ibiraçu e adjacências. Segundo a polícia, o irmão de Adriano também tem envolvimento com a criminalidade e atualmente está detido em um presídio de segurança máxima. 

Adriano estava foragido desde 2018 por tráfico de drogas e por articulação de uma fuga em massa de um presídio capixaba. Segundo o delegado, ele funciona como elo entre os traficantes do Norte do Estado e da capital.

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio Superintendência de Polícia Regional Norte (SPRN) e do Centro de Inteligência e Análise Telemática Norte (CIAT Norte), prendeu Adriano, que possuía  mandado de prisão por tráfico de drogas, e é investigado por  determinar o assassinato de desafetos e promover a fuga de presos. A prisão é mais uma etapa da “Operação Assassinos”.

A ação contou com o apoio da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic), de Aracruz, Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e Subsecretária de Inteligência de Estado-SESP.

Operação Assassinos

De acordo com o delegado geral da Polícia Civil – PC, no Espírito Santo, Dr. Danilo Bahiense, a “Operação Assassinos” visa tirar de circulação àqueles elementos mais cruéis, mais perversos, que têm voz de comando. Eles, muitas das vezes, fazem a ligação daqueles que estão no presídio, e a interlocução com determinadas pessoas de rua. “Você não vai encontrar estas pessoas no bairro, na boca de fumo, não. Esse pessoal detém o poder financeiro, detém o poder de investimento, detém o poder de comando, determina, não só a questão do tráfico de drogas, o comércio ilegal, como também, homicídio. Nós denominamos a “Operação Assassinos”, e elencamos cinco pessoas, os mais procurados. Destes cinco, dois já estão presos, e agora nós vamos prender os outros três desta lista inicial de cinco”.

O criminoso Adriano Rezena era um dos cinco mais procurados no Norte do Estado.   “Esta prisão foi realizada, toda trabalhada pelo Ciati Norte. O Ciati tem esta metodologia, tirar de circulação àquelas pessoas que têm o domínio final do fato. São aquelas pessoas que mandam matar, as que investem no crime, as que custeiam o crime e, que você tem dificuldade em prendê-las portando armas, traficando drogas. São pessoas de extrema periculosidade, que comandam a cadeia do crime. O Ciati Norte tem feito este trabalho, tem cinco nomes elencados, e este é segundo que estamos prendendo, restam três e nós vamos buscá-los”.

Preso com arma banhada ouro

“Temos diversas armas que, inclusive, é proibida a importação e uso no Brasil. Aquele material apreendido, principalmente a arma banhada a ouro, é uma prerrogativa da liderança. Você ter um status de poder, você demonstra, portando esta arma banhada a ouro, que você é um comando, você é um cabeça no tráfico. As grandes lideranças utilizam este armamento banhado a ouro e também o material apreendido, carregador com capacidade de 100 munições. É um armamento de guerra que é proibido no Brasil.

Segundo o delegado, Leandro Sperandio, titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC) DE Aracruz, o criminoso preso, em Vitória, morava num bairro Nobre, no bairro Fradinhos, sustentado exclusivamente pelo tráfico de drogas, por indivíduos que se sujeitam a traficar, lá no Norte, a mando dele. “A maioria do lucro ficava com ele, tanto que ostentava com armamentos, festas, andando com motoristas de aplicativos por toda a cidade. Instantes antes dele ser preso, estava na região de bares, numa área nobre, em Vitória. Ele vivia uma vida de luxo sustentada pelo tráfico de drogas”.

Essa relação do traficante do norte, com facções da Grande Vitória.

“Quando ele se desponta como uma liderança no tráfico do Norte, as facções da grande Vitória o cooptam , trazem ele para a Grande Vitória, as armas e as drogas que são utilizadas e vendidas no Norte advêm da Grande Vitória, e ele é, exatamente, este elo de proximidade”.

Resultado desta prisão

“Foi uma prisão que, só foi possível ser feita, com a qualidade e a tecnologia do Ciati, porque nós estávamos, há anos, em busca da captura do Adriano. Com a prisão dele, houve uma desestabilização das facções do Norte do ES, tanto que, com troca de informações com a PM, sobretudo com a Força Tática do 5º Batalhão, foi possível, após a prisão dele, apreender cinco armas de fogo e vasta quantidade de drogas que pertenciam a este grupo criminoso”. 

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