Opiniões se divergem, no quesito vendas no carnaval em Piúma-ES

Em Piúma teve comerciante que disse que não conseguira sequer pagar suas contas e deverá fechar.  

Lamentavelmente, os comerciantes que apostaram nas vendas para o verão e carnaval em Piúma se decepcionaram em número, gênero e grau. Houve quem teve prejuízos na casa de 70%. Por outro lado, quem apostou nos depósitos de bebidas deve ter faturado um pouco mais, embora a concorrência tenha aumentado. Eram pequenos depósitos a cada esquina. Com isso os preços caíram e ficou mais fácil as bolsas e cooler serem abastecidos para o consumo nas praias.

“Na minha visão ficou 70 % a menos do esperado. Tiro pela venda de bebidas, temos uma estatística de vendas. Aqui foi 70% menor, tirando o ano passado que não serve como referência.

Valter ainda explicou que o verão e o carnaval estavam repletos de restrições. “Usaram dois pesos e duas medidas. Piúma sempre foi discriminada pela PM e pelas autoridades estaduais, tem um prefeito desinteressado, juntou a fome com a vontade de comer. E o que se ver, é o prejuízo, as pessoas não vão conseguir pagar suas contas, vão continuar no vermelho, muitos vão ter que fechar, o comércio precisa de faturamento, e esse faturamento não se confirmou”, criticou.

Para Potratz não faltou ajuda de Deus em relação ao clima.  “O natal, o réveillon, até 28 de janeiro deu um tempo maravilho. No carnaval, de quinta em diante, há muito tempo que não se via, tempo tão bom. Entretanto, não adianta só Deus fazer a parte dele, tem que haver planejamento, estratégia, compromisso com o comércio e a sociedade. A crise nacional também colaborou”, pontuou.

Vale ressaltar que o consumo está muito pulverizado, “muitas distribuidoras, as pessoas indo com bolsas, sacolas, poucos querem gastar no comércio. Não há fiscalização por parte da Prefeitura na questão da destinação da mercadoria. Muita gente compra no CPF e o município acaba não recebendo esses impostos. As distribuidoras fazem uma guerra desleal de preços com os comerciantes, por muitos deles não pagarem impostos, o que se ver é um consumo excessivo de álcool, a pessoa com R$10.00 se embriaga. O comércio legal fica sacrificados, pois tem as suas despesas permanentes, impostos, água, luz, fone, empregados, todos os demais impostos, os tributos. Foi muito ruim comercialmente falando. A Prefeitura contribuiu para ficar pior ainda, não fez uma programação para satisfazer o público”.